Peter Drucker, Uma Mente Brilhante

Leia na íntegra a publicação feita por Marcílio R. Machado, Diretor da Famex, na revista Valor Econômico no dia 17/11/2005. A publicação  destaca a perda de Peter F. Drucker e algumas de suas importantes análises.

 

PETER DRUCKER, UMA MENTE BRILHANTE

 

O mundo corporativo perdeu, no dia 11 de novembro, o seu mais importante pensador e colaborador – Peter F. Drucker, o pai do gerenciamento moderno que, durante 60 anos, como autor de livros e consultor das maiores corporações do mundo, desafiou o pensamento das pessoas sobre o funcionamento das organizações e tornou popular o termo “sociedade do conhecimento”.

 

Sua longevidade profissional permitiu que assistisse tanto à ascensão de Hitler como ao crescimento da participação da China no comércio mundial. Trabalhava num jornal em Frankfurt durante a ascensão de Hitler na Alemanha. Foi obrigado a deixar o país porque um artigo seu provocou a ira dos nazistas.

 

Era, certamente, a única pessoa viva que tinha sido aluno de Sir Maynard Keynes e convivido com o renomado economista Schumpeter. Também falava com muita intimidade e conhecimento a respeito de ícones do mundo corporativo como Alfred Sloan, presidente da General Motors, Akiro Morita, da Sony, e Jack Welch, da General Electric, dentre outros com quem havia trabalhado.

 

Algumas das idéias de Drucker sobre os acontecimentos mundiais se encaixam muito bem na situação atual do Brasil e, portanto, merecem uma reflexão profunda. Em 1989, durante um almoço na cidade de Claremont, na Califórnia, ao ser indagado sobre as perspectivas do Brasil se tornar uma grande potência, Drucker comentou que o nosso problema é “mismanagement”, ou seja, falta de gerenciamento ou de uma boa administração.

 

Em outra ocasião, sugeria que o Brasil deveria priorizar o desenvolvimento do seu mercado interno – e quem o conheceu sabe que isto não significa deixar de dar forte ênfase ao mercado externo. Afinal, foi uma das primeiras pessoas a entender que as empresas multinacionais estavam se transformando em transnacionais.

 

Com relação à queda do muro de Berlim e derrocada do socialismo, dizia que a maior inferência sobre o acontecimento era o de que significava o fim da salvação através da sociedade. Com essa expressão, traduzia o ponto de vista de que políticas assistencialistas estavam fadadas ao fracasso.

 

MACHADO, Marcilio Rodrigues . Peter F. Drucker, Uma Mente Brilhante. Valor Econômico, São Paulo, p. A.13 – A.13, 17 nov. 2005.

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